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17.3.16

RELAÇÕES SEXUAIS PARTE 6


 A relação homossexual grega básica, ela se dava entre um homem mais velho e um jovem. O jovem tinha qualidades masculinas: força, velocidade, habilidade, resistência e beleza. O mais velho possuía experiência, sabedoria e comando. O afebo (o púbere) entregue a um tutor se transformava em cidadão grego. Era treinado, educado e protegido. Ambos desenvolviam paixão mutua, mas sabiam dominar esta atração.


Efebo grego

Para a maioria dos homens gregos o amor ou era brinquedo agradável, diversão prazerosa, exercício saudável do corpo e do espírito, ou era com a mulher uma loucura trágica, força esmagadora e enfermidade ruinosa, porque a mulher tristemente imperfeita, não era merecedora do amor ideal ou de proporcioná-lo em troca.

Como os gregos consideravam o homem mais próximo da perfeição, este podia ser objeto do amor ideal – particularmente o homem de cultura e requinte, que buscava afinidades de espírito como parte do amor. O adolescente com o seu rosto imaturo e com seu corpo ainda em desenvolvimento, com as suas forças espirituais aindA efebia a não desabrochadas e com a sua promessa de masculinidade ulterior, podia inspirar ao homem adulto grego uma emoção ainda mais intensa e mais apaixonada do que a provocada pelas hetairas.

As hetairas eram cortesãs de alto nível. Eram elegantes, espirituosas, versadas na arte, na literatura clássica, na política – por vocação, deveria ser algo entre uma gueixa e uma prostituta. Os homens atenienses mais admiravam nas hetairas era o fato de serem exímias em tudo, que estes mesmos homens impediam que suas esposas aprendessem.

É um paradoxo o amor moderno haver começado com o amor grego, dever tanto a ele, muito embora as formas e os ideais do amor grego, não sejam completamente aceitos na sociedade moderna.

O Batalhão Sagrado de Tebas era formado por quadro de tropas de choque inteiramente por guerreiros de casais homossexuais. Em Esparta, na ilha grega de Eubéia e em Tebas, cidade da Beócia, a afebia era associada ao sucesso na guerra. E quanto às mulheres gregas, como só se relacionavam em seu dia a dia com outras mulheres, não seria estranho supor que muitas delas teriam encontrado afeto e prazer sexual com outras. Entretanto, como eram criaturas comumente sem importância, em relação às elas quase nada se sabe a respeito. Apenas se tem informações de uma época anterior, o século VII a.C., através de Safo que viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam musica, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas de suas pupilas, manifestando o seu amor em poemas sensuais, Sua poesia exerceu enorme influencia sobre a literatura subseqüente.

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